sábado, 26 de dezembro de 2009 0 conceito(s)

Me

I always think
What do I really want?
Don't have anything in me

I'm lost
since when?
until when?
I hope don't to know.

But wait, wait me
one day I will find me
and, who know?
I'll be with you
terça-feira, 15 de dezembro de 2009 0 conceito(s)

Moulin Rouge - Amor em Vermelho


Moulin Rouge, do diretor australiano Baz Lurhman, lançado em 2001, é um musical romântico que se passa na França do século XVIII. Este trabalho baseia-se, portanto, em discutir as convergências e divergências entre o filme e os aspectos da escola literária do romantismo. Usaremos como argumento comparativo as narrativas estudadas em sala ou obras lidas anteriormente.

A personificação do bem e do mal, a idealização do herói, o belo e o feio, o amor impossível idealizado entre os protagonistas são algumas características presentes no musical e, ao mesmo tempo, particularidades importantes na literatura romântica inglesa dos séculos XVIII e XIX.

Um aspecto marcante nas fábulas é a chamada atemporalidade, geralmente presente em “era uma vez...”. No filme não é diferente. Apesar de não ser tão explícita, a frase “Havia um menino” se enquadra perfeitamente e consegue nos impedir de descobrir, a princípio, qual a época em que o narrador escreve seu livro. É, também, pela narrativa que se percebe a presença de outros dois fatores: a onisciência de quem escreve, uma vez que este conta episódios que nem ao menos presenciou e a utilização de flashbacks, que ocupam a maior parte do enredo; o filme é a metalinguagem: há um autor escrevendo sobre quando escreveu uma peça.

‘Amor impossível’ é um termo constante na literatura romântica, várias heroínas sofreram com isso, Helena, de Machado de Assis é um exemplo. Mas o contrário também ocorre. Por exemplo: do mesmo escritor citado acima, Guiomar, protagonista de A mão e a luva, é racional e escolhe seu marido através das vantagens oferecidas. Satine pode, portanto ser um meio termo de ambas já citadas. Racional, visando apenas sua carreira, envolve-se com o Duque em um relacionamento lucrativo e quando se apaixona pelo mocinho, Christian, se desfaz da sua frieza e aceita inclusive fugir com este.

Já o protagonista é o modelo heróico há muito utilizado. Bonito, inteligente, sensível e apaixonante. Seguidor fiel dos ideais boêmios – amor, liberdade, beleza e verdade - abandona sua família nobre para seguir seu sonhos. Chega mesmo a dizer que o amor se sobrepõe a tudo aquilo em que acredita. O fim da trama, com a morte de Satine e a depressão em que Christian entra logo após, ratifica todo o conceito de amor impossível, ‘morrer de paixão’.

Moulin Rouge é uma expressão de origem francesa, que significa “Moinho Vermelho”. Esse foi o nome dado a um cabaré que, de fato, existiu; foi construído por Josep Oller na capital da França, Paris, em 1889. No filme, o cabaré homônimo é palco de um enredo inspirado por três óperas: La bohème de Giacomo Puccini, La traviata de Giuseppe Verdi, e Orphée aux enfers de Jacques Offenbach, esta é um paródia do mito grego de Orfeu e Eurídice.

O romance de Christian e Satine pode ser associado ao mito em vários aspectos. O amor “cantado”, declarado por músicas que vão pontuando as sucessivas cenas da trama, remete a Orfeu, que cantava lindas melodias, inclusive para conquistar Eurídice. Outra cena muito marcante que pode ser associada a um episódio do mito é a da morte de Satine.

Christian é convencido por Satine a ir embora, pois se voltasse, o Duque prometera matá-lo. Porém, ele volta, cantando seu amor a ela. E, ao voltar, Satine morre. Da mesma maneira que Orfeu não podia olhar para trás, Christian não podia voltar.

Há, no musical, a presença polêmica da relação entre o real e o fantástico, que pode ser observada em algumas cenas como os números musicais fantasiosos, Christian e seus amigos tomando doses de absinto e sendo levados ao Moulin Rouge por uma fadinha verde, a lua cheia cantando, entre outras. Há fantasia nos efeitos e ficção no enredo, mas existe também o real, o Moulin Rouge, de fato, existiu e a época em que se passa a história de Satine coincide com a época do período mais glamoroso do cabaret.

Embora o filme conte uma história baseada em clássicos (óperas, mito, época do apogeu da Arte), as músicas populares que compõem sua trilha sonora são modernas; assim como as narrativas orais sempre foram adaptadas à modernidade. Há sempre essa necessidade de atualizar qualquer obra artística para a sua perpetuação, seja ela literária, cênica, audiovisual ou qualquer outra. Portanto, ao adaptar a obra com músicas regravadas, inéditas e mixadas, Lurhman assegura a permanência de seu musical em voga tempo suficiente para ser nomeado clássico.



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Um trabalho que fizemos em Dezembro de 2009, para a matéria de Estudos Literários I. Nem está tão bom, mas a nota foi máxima. haha

Eu acho esse filme lindo e achei maravilhoso fazer um trabalho dele. lol

(Obrigada aos que leram até o fim, chato pra caramba, eu sei!)

domingo, 13 de dezembro de 2009 0 conceito(s)

Sobre o amor.



não sei escrever sobre o que não entendo!
volto quando souber,
ou entender.
-ou amar-

terça-feira, 8 de dezembro de 2009 0 conceito(s)

Sem título III



Das minhas dores
Você nem desconfia
Dos meus amores e dissabores
Você riria

Não só tristezas
Há desastres
Há problemas
Há você.

Idiota, eu.
Aqui fingindo ser
Aquilo que poderia
Para agradar você

Fácil de escrever
Escapar ao julgo do seu olhar
Difícil dizer
Faz querer me refugiar

A reprimenda
A cobrança
O não ser de ferro.
O errar.

Falta confiança
Falta, sobretudo,
Confiança
Falta dizer o que sinto.
Mesmo que o que sinto não seja bonito.
2 conceito(s)

mãe II.



Neste conto de fadas
nesta fábula que vivo sem rir
Não adianta fugir, chorar
se redimir.

Frases sem sentido.
uma surpresa de(sagradável)repente
_____________ e fim.


E, de novo,
eu escuto, eu penso
eu reflito.
Meu conflito.

me desarmo.
finjo que nem ligo
Volto para 'casa',
porque sem você.. não vivo.
domingo, 15 de novembro de 2009 2 conceito(s)

Sem Título II


É mais que ódio,
é animal,
é feroz..
faz até mal.

Perto dos olhos,
movimentos não são nada,
do que adianta sorrir
com essa íris parada.

Reagir..
olhos nada são.
Do que adianta chorar..
se não comove o coração.
quinta-feira, 5 de novembro de 2009 1 conceito(s)

Box.


Como queria ser eu, Amadis.
Com um romance para mim
Com dificuldades e afins,
mas com final feliz!

Como queria ser eu, Tisbe,
sofredora como Julieta,
mas amou e morreu
________________como prometeu.

Mas me vejo como a caixa de Pandora.
Quando aberta, liberta de tudo
e o que resta, bem ao fundo
é a esperança,________________ apesar de rara.
terça-feira, 20 de outubro de 2009 2 conceito(s)

mãe.


Quem é você?
Que me recrimina quando vê?
Que não sente quanto dói
Este olhar que me destrói?


O que você quer?
Me mostrar como é?
Me fazer aprender
aquilo que tenho que fazer?

Talvez seja amor
o bem que isso me faz,
mas eu vejo como dor
não quero voltar atrás.

Mas, sim, eu correspondo.
Talvez não seja do jeito certo,
e muito menos do correto.
Mas eu faço chorando.
sexta-feira, 9 de outubro de 2009 2 conceito(s)

O início - Έναρξη


Bem no princípo,
Só Caos, Eros, Gaia e Tártaro
reinavam.
Só Caos e Gaia
herdeiros tiveram.
Sem ajuda,
sem envolver: amor.

Ele, Deus da divisão,
- oposto da União, Eros -
Teve Érebos, ó grande escuridão,
e Nyx, bela noite,
nascidos idênticos ao pai.

Ela, Deusa do Nascimento,
- não podia ser por menos -
sozinha, deu origem a:
Urano, Ponto e Óreas.
Todos mais uma vez idênticos.
Todos que viriam a se unir a Mãe,
em conúbio divino.
E assim, dariam vida a mais;
Titãs, Hecatôquiros, Ciclopes,
Espanto, Fórcis, Ceto e Euríbia.

Vê-se assim o início
da mitologia,
que mal conhecemos.

O Dia, juntamente com o Éter
surgiu do o amoroso relacionamento
de Nyx e Érebos.
Sendo irmãos dos filhos,
nascidos sem amor,
de Nyx,
entre muitos, Éris.

Lástima é não ter citado muito, porém
Não olvide a grei de Urano e Gaia.
Mais importante que muitas,
é o início da grei de Zeus
- terceiro deus rei -
mais lembrado entre todos.

Não olvide, sequer, da grei de Caos
Eros, Tártaro, ou quaisquer outro.
Todos tem fundamental importância,
para que seja formado o resto.

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Este é mais fácil de entender, e para os que não estão entendendo, azar, to com preguiça de explicar e se Hesíodo é didático, eu sou Ovídio.
É uma continuação do proêmio feito anteriormente, chamado 'Musas'. Eu, particularmente, prefiro o outro. E acho que vocês vão pensar o mesmo. haha
domingo, 4 de outubro de 2009 2 conceito(s)

''Tento''


Tente-me,
jogue as cartas.
embaralhe,
me faça perder

a cabeça..
a mente, o coração.
Nem precisa me pedir perdão.

Quem sabe,
sofrendo assim,
não ganho?

Sentimento..
vai ver é tudo, ou nada
do que eu preciso no momento.

Vamos, tente-me
eu não gostaria de gritar
não faz meu feitio
implorar.
quinta-feira, 24 de setembro de 2009 5 conceito(s)

EstereóTIPOS

Nos diálogos necessários
o branco do certo
o preto do errado
e os estereótipos formados

Nos diálogos desnecessários
o colorido do certo
e.. pro errado
mais estereótipos, formados

Nos textos pequenos,
novelas, odisseias,
crônicas poemas,
estereótipos, forçados

Na fuga do comum
discursos bonitos
palavras diferentes
e mesmo assim, estereótipo, recorrente.

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Idiotinha, eu sei, mas precisava atualizar. bgs
sábado, 5 de setembro de 2009 2 conceito(s)

Musas

Que as Musas me ajudem.
Que me deem força.
Que me auxiliem.
Que eu possa viver nesse mundo de mitos,
mentiras, origens e histórias.
Nada mais que mitologia.

Que Euterpe,
das músicas sabedora,
enobreça meus cantos,
a ponto de não precisar escondê-lo.

Que Tália,
da festa a alma
brinque com o tempo
e traga alegria.

Que Terpsícore,
aquela que dá voltas, rodopia, dança
mostre sua beleza e
a mim esqueça.

Que Melpômene,
trágica, teatral,
mostre como esconder a verdadeira face
a fim de representar um grande espetáculo. - a vida

Urânia
Celeste, segundo o Timé
ensine-me a olhar para longe
sem sair da lógica.

Que Clio, Polímnia e Calíope
E, talvez, das belas musas do monte Hélicon,
a mais importante: Erato
centrem-se em mim. Nesse proêmio.
E que escreva sobre suas bençãos.


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Bom, tudo aqui foi baseado no texto de Hesíodo - "Teogonia". Portanto, MUITAS palavras podem ser iguais (coisa de criança que acabou de aprender palavra nova, eu sei).
Na verdade, como em todo clássico grego tinha uma parte de invocação às musas inspiradoras de todas as artes, filhas de Zeus com Mnemósine (poder + memória); achei digno escrever um proêmio a elas.
Pode ter ficado MUITO confuso, mas eu citei principalmente as Musas que mais me agradam. São elas:
- Euterpe, musa da música
- Tália, musa da comédia
- Terpsícore, musa da dança
- Melpômene, musa da tragédia; do teatro
- Urânia, musa da astronomia
- Erato, musa da poesia lírica

Citei, também, apesar de rapidamente:
-Clio, musa dos historiadores
-Calíope, musa da poesia épica
-Polímnia, musa da música sacra.

Além disso, 'Timé' é um termo que significa: ''A partir da nomenclatura das entidades mitológicas descobre-se a sua função e inserção na genealogia.''

Claro é que sei muito pouco e me desculpem se escrevi algum conceito errado. Estou aberta a críticas. Obrigada. :)
terça-feira, 4 de agosto de 2009 2 conceito(s)

drama



Eu só vejo rancor
No meio dessas lágrimas
Eu vejo, não se assuste,
toda a minha dor.

No meio de carta,
e-mail, convite, congresso
Só me resta
arranjar um recesso.

É isso,
estou de férias.
Férias dessa humilhação
de ter que vestir máscaras
e passar carão.

Férias desse drama
Férias desses bailes a fantasias
Que não me engana.

Eu fiz a minha parte,
e talvez,
ao contrário do que você pensa
Eu entenda
muito antes, bem além.
terça-feira, 14 de julho de 2009 0 conceito(s)

Escolhas


Escolho uma cor
Escolho você
Escolho um sabor
Ou pelo que sofrer.

Escolho uma ilusão
Alguém para me dar a mão
Escolho não desistir
E tentar, de novo, sorrir.


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Pequenininho e sem sentido, mas fiz ontem a noite, no meio do nada.
quinta-feira, 9 de julho de 2009 1 conceito(s)

Sem título I


Eu não consigo ser feliz
Se você não está
Não consigo me conformar
Com tanta tristeza
no âmago de tanta beleza

Não me digo altruísta
Coisa assim é rara,
impossível, quase.

Me apresento, toda -ou quase
Egoísta por natureza
Digo, uma forma de defesa.

No momento em que me param
e me perguntam
Como? o contraponto?
Simples, eu canto:

A tristeza nunca leva alguém só.
Ela acaba com a alegria, de nós,
pobres gurias.
Que sugam da alheia, sua energia
E sua força pra viver.
quarta-feira, 8 de julho de 2009 1 conceito(s)

(Im)parcialidade


Detesto a imparcialidade,
detesto fingir que nada está acontecendo,
que duas partes não me influenciam.

Adoro ser parcial,
querer que o juiz roube para o meu time,
querer que se machuque o tal.

Adoro sentir indiferença pelos outros,
passar por eles sem nem perceber,
virar a cara e sentir doer.

Adoro ter algo a preferir
Odeio ver tudo passar
Sem nenhuma decisão tomar
Adoro tentar te coagir

Adoro me sentir afundar
Prefiro sentir dor
A não sentir nada

Detesto quando meus textos
dissertativos viram poemas.
Não fazem eles valerem a pena.

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A imparcialidade me deprime. E o fato de que toda vez que vou escrever algo dissertativo ele vira um poema no meio, também.
domingo, 5 de julho de 2009 1 conceito(s)

Paradoxo (ou poema incabado)


Uma vez li dizer (ouvi?)
Que desprezível é aquele poeta
que sobre si mesmo escreve.
Mas não teria o poeta (dizem)
umas mil faces?

E com essas mil
duas mil
cinco mil faces
não é difícil falar de algo
que não seja você?

Então se falo de amor
falo de mim
Se falo de dor
falo de amor
falo de mim
E até mesmo de amenidades falo
é para disfarçar a dor
que surgiu do amor
que insiste em falar por mim.

E essa história não tem fim,
mas os outros, (dizem, sempre)
falam por mim.

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Todos os meus poemas perdem a formatação aqui, e isso é uma droga -QQ
sábado, 4 de julho de 2009 0 conceito(s)

Será?

Ai, quanto pode valer?
-um pedido de desculpas
Ai, será possível esquecer?
-aquilo que te machuca

Ai, será que é verdade?
-que a gente perdoa
(mas não esquece)
Ou talvez seja melhor tentar?
-que esquecer a gente esquece
(mas perdoar...)

Ai, quanta grosseira
-não estou de cabeça vazia
Levante o rosto, mostre orgulho
Ah e (ai), esconda seu desgosto.


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sem mais.
sexta-feira, 3 de julho de 2009 6 conceito(s)

Poesia para loucos.


É tudo tão lindo
Olhando pelos olhos dos outros
É tudo tão divertido
Quando me preocupo como os outros

E o que mais dói
E aquilo que me machuca
É saber o que sei
E saber que desse jeito
Eu pareço maluca

Não posso dizer, que sei algo a mais
Não, eu apenas sei e entendo demais
Sim, eu pego o que você disse e retorço mil vezes
Sim, eu sou aquela doida varrida que você vê nas ruas as vezes.

E se nos versos não me exprimo
Me deprimo
E se na rua não te encaro
Meu caro,
É porque na certa, minha cabeça maquina
Nada mais que um verso ou outro
Com uma ou outra rima.

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Me perdoem se não gostaram. Mas foi simples, eu sentei no computador, me deu vontade de escrever, qualquer coisa. E eu sentei aqui e... tãdãn... escrevi. (:
terça-feira, 30 de junho de 2009 0 conceito(s)

Mögen


Eu quero a enterna ignorância
Quero voltar para a adorável escuridão - dos ignorantes
Quer ver relacionamentos na simplicidade do amor e ódio
Quero ser rasa, fútil
Quero só querer na moda estar
Mais que tudo, as vezes
Só quero esquecer tudo o que me trouxe a escrever aqui.
domingo, 28 de junho de 2009 1 conceito(s)

Never More

O cinza que enxergo
Não provem da cor do céu
Nem da parede do quarto, real
É fruto do quarto em que me encontro presa
É fruto da minha imaginação.

''Ir embora pra bem longe''
Só, somente, escutei
E para mim, tomei
A dor de outrem, de outrora
Se tornou minha, a dor de agora
E tudo se misturou de tal forma
Que nem sei mais o que ou quem sou,
agora.

E na busca pelo real
A única angústia presente
É a de aterrisar, nesse mundo de loucos poucos
E nunca mais poder voar
Como aquele velho pássaro, de asas cortadas.
1 conceito(s)

Entre ecos e outros trecos.


Nome novo pro blog, tirado do livro que me ensinou a gostar de poesias, quando eu era criança. :D
Então, como homenagem, vou postar uma poesia dele.



''Palavras

Entre ecos e outros trecos
percebo o brilho
do ouro do tesouro
do olho do piolho
do risco do corrisco.

Entre ecos e outros trecos
entendo que quando se diz
- CERTAMENTE -
na certa, também se mente,
não se cultiva a melhor semente.

Entre ecos e outros trecos
é fácil encontrar a antiga rima
ímã
a unir palavras:
flor, amor e dor
natureza e beleza
sol e girassol.

Entre ecos e outros trecos
descubro que a palavra PALAVRA
e em sua lavra
(riqueza de som
e significado)
encontro sempre a atrevida
vida.''
quarta-feira, 24 de junho de 2009 1 conceito(s)

Interrogação


Mais que um best-seller
Sou um livro escondido
Sem capa, sem identidade
Eu sou tudo aquilo que você não quer ler
ou quer?

E se capa tenho, remendada é
Como um colcha de retalhos, ao meu ver.
Dentre deste livro
Agora com capa - e identidade
Existe tudo aquilo que você não quer ler
saber
entender

Enxo sua cabeça, arrebento seu coração
Ou nem isso sei fazer?
E se eu parasse?
Com essas rimas pobres, coitadas, desgastadas.
E se eu parasse?
Com essa interrogaçóes?
Ok, eu paro.

Mas isso nada muda
Porque aos olhos de quem escreve
Amor e felicidade são impossíveis de se ver,
Apenas meros clichês.
E aos olhos de quem lê,
tristeza e solidão
são, novamente, essas rimas pobres que aqui uso em vão.
domingo, 5 de abril de 2009 0 conceito(s)

On the Radio /Regina Spektor

This is how it works
You're young until you're not
You love until you don't
You try until you can't
You laugh until you cry
You cry until you laugh
And everyone must breathe
Until their dying breath
quinta-feira, 12 de fevereiro de 2009 1 conceito(s)
''No meu livro de capa verde estão escritos os desejos dos outros. Ele se chama agenda. Os meus desejos, não é preciso que ninguém me lembre deles. Não precisam ser escritos. Sei-os (isto mesmo, seios!) de cor. De cor quer dizer no coração.
Aquilo que está escrito no coração não necessita de agendas porque a gente não esquece. O a memória ama fica eterno. Se preciso de agenda é porque não está no coração. Não é o meu desejo. É o desejo de um outro. Minha agenda em diz que devo deixar minha conversa com ipês para depois, pois há deveres a serem cumpridos. E que eu devo me lembrar da primeira lição de moral ministrada a qualquer criança: primeiro a obrigação, depois a devoção; primeiro a agenda, depois o prazer; primeiro o desejo dos outros, depois o da gente. Não é esta a base de toda a vida social? Uma pessoa boa, responsável, não é justamente esta que se esquece dos seus desejos e obedece os desejos de um outro - não importando que o outro more dentro dela mesma?''
Fazer nada - Rubem Alves, O retorno e terno.
 
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