quarta-feira, 15 de setembro de 2010

Cronograma.

Ontem, minhas mãos já assim tremiam
E meus olhos não, há muito, reluziam
Nada para que eu não me lembrasse
Das lágrimas se, talvez, elas secassem

Hoje, meus pés nem ao menos esquentaram
E aquelas pontadas na cabeça voltaram
Tudo para que eu não me esqueça da hora
E não me tranque do meu lado de fora

Amanhã, meus braços, por repúdio, sangrarão
E minhas pernas, por desespero, correrão
Só para que eu, finalmente, perceba
Parada não há nada que eu receba.

Um comentário:

Anônimo disse...

E sangremos, se é o que precisamos para não estagnarmos na confortável utopia de não sentir dor.

 
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