quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

As horas

00
A esta hora não importa o que faça
Chá ou leite quente
É dado início à sua desgraça

01
Por hora ainda não há pressa
Livros ou música
O tédio, sem tamanho, começa

02
Nesta hora tem início a despedida
Boa noite ou durma bem
Momento de intenção dividida

03
Pobre hora em que acredita-se na má-sorte
Nem sono, nem sexo
A vontade deveria ser mais forte

04
Pobre hora em que começa a obrigação
Nem livros, nem música
Quisera dormir com uma canção

05
Nesta hora, enfim, apaga-se a luz
Pássaros e galos
Mas a vontade de adormecer não faz jus

06
Por hora, de início, clareia-se o céu
Trânsito e passos
Atravessam da noite o transparente véu

07
A esta hora tenta-se uma última vez
Remédios e chá
Chance de repouso, quem sabe, talvez.

Nenhum comentário:

 
;