quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

De falsos olhares

Nem sempre os olhos respondem à alma,
quase nunca, na verdade, para quem sabe
esconder o que quer. Olhos de quem bebe
e aliena a vista, da boca a mentira calma.

Com os olhos vermelhos, provável sono,
vulnerável no espelho, propício a dizer
tudo aquilo que questionado puder ser.
Aquela é a esperada derrota do trono

do orgulho. Que triste mentira vivida!
Por tolos crédulos, estes. Que nivelam
por baixo, todos nós de astúcia erguida

por todo e qualquer tempo. Com sentidos
sempre atentos, e verdade bem escondida,
para, desde sempre, evitar mau-entendidos.

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