sábado, 8 de maio de 2010

Sobre o hoje e o amanhã.

Hoje eu acordei, sozinha. Não estranhei. Eu sempre acordo sozinha. Não acordar de abrir os olhos, levantar. Mas acordar de despertar, sentir, idealizar. E me idealizei sozinha e quis continuar sozinha. E sei que sempre serei sozinha. Porque o meu amor machuca, o meu amor fere, o meu amor destrói. E hoje eu acordei e, como sempre, eu percebi que sou daquelas que fica melhor sozinha. Sou quem, junta fere, sozinha se destrói. Entre ferir e destruir, a pouca dignidade presente diz que devo me destruir sozinha. Hoje, eu acordei, mas amanhã eu não quero acordar. Não acordar de abrir os olhos, levantar. Mas acordar de despertar, sentir, idealizar. Amanhã, ah, amanhã não, amanhã eu quero é sonhar.

Um comentário:

Anônimo disse...

O ser humano é essencialmente sozinho. E quando esse ser humano sozinho decide por destruir-se por ter ainda uns lapsos de misericórdia ele quer fazê-lo sozinho.
De qualquer forma, sonhar, sonhar-se mais vivível é sempre um bom remédio para não se deixar consumir além da conta.
ps.: Nem preciso dizer que adorei. rs

 
;