sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

Sem Título VI


É o mais próximo de refúgio do tormento
Nada seguro e não sinto o mínimo de paz
Talvez, o meu refúgio e o meu tormento
Não sou lá, nada mais que leva-e-traz.

É o reviver todo doloroso passado
De lágrimas arrancadas e prescritas
Ao olhar para cada pessoa ou quadro
Com suas faces rancorosas e aflitas.

É como esquecer a ferida fresca
E concentrar na antiga cicatrizada
E se perguntar: qual a mais dantesca?

Ou como retornar à casa e não ter lugar
E concluir que morando cá ou ali
Nunca mais um local irá chamar de lar.

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