O cinza que enxergo
Não provem da cor do céu
Nem da parede do quarto, real
É fruto do quarto em que me encontro presa
É fruto da minha imaginação.
''Ir embora pra bem longe''
Só, somente, escutei
E para mim, tomei
A dor de outrem, de outrora
Se tornou minha, a dor de agora
E tudo se misturou de tal forma
Que nem sei mais o que ou quem sou,
agora.
E na busca pelo real
A única angústia presente
É a de aterrisar, nesse mundo de loucos poucos
E nunca mais poder voar
Como aquele velho pássaro, de asas cortadas.
Não provem da cor do céu
Nem da parede do quarto, real
É fruto do quarto em que me encontro presa
É fruto da minha imaginação.
''Ir embora pra bem longe''
Só, somente, escutei
E para mim, tomei
A dor de outrem, de outrora
Se tornou minha, a dor de agora
E tudo se misturou de tal forma
Que nem sei mais o que ou quem sou,
agora.
E na busca pelo real
A única angústia presente
É a de aterrisar, nesse mundo de loucos poucos
E nunca mais poder voar
Como aquele velho pássaro, de asas cortadas.
Nome novo pro blog, tirado do livro que me ensinou a gostar de poesias, quando eu era criança. :D
Então, como homenagem, vou postar uma poesia dele.
''Palavras
Entre ecos e outros trecos
percebo o brilho
do ouro do tesouro
do olho do piolho
do risco do corrisco.
Entre ecos e outros trecos
entendo que quando se diz
- CERTAMENTE -
na certa, também se mente,
não se cultiva a melhor semente.
Entre ecos e outros trecos
é fácil encontrar a antiga rima
ímã
a unir palavras:
flor, amor e dor
natureza e beleza
sol e girassol.
Entre ecos e outros trecos
descubro que a palavra PALAVRA
e em sua lavra
(riqueza de som
e significado)
encontro sempre a atrevida
vida.''
Mais que um best-seller
Sou um livro escondido
Sem capa, sem identidade
Eu sou tudo aquilo que você não quer ler
ou quer?
E se capa tenho, remendada é
Como um colcha de retalhos, ao meu ver.
Dentre deste livro
Agora com capa - e identidade
Existe tudo aquilo que você não quer ler
saber
entender
Enxo sua cabeça, arrebento seu coração
Ou nem isso sei fazer?
E se eu parasse?
Com essas rimas pobres, coitadas, desgastadas.
E se eu parasse?
Com essa interrogaçóes?
Ok, eu paro.
Mas isso nada muda
Porque aos olhos de quem escreve
Amor e felicidade são impossíveis de se ver,
Apenas meros clichês.
E aos olhos de quem lê,
tristeza e solidão
são, novamente, essas rimas pobres que aqui uso em vão.
Assinar:
Postagens (Atom)